domingo, 12 de janeiro de 2014

Impressões sobre o Globo de Ouro 2014



Não tem jeito, sou um péssimo apostador. Das 14 categorias cinematográficas do Globo de Ouro 2014, acertei apenas 8. De fato, como havia previsto, Trapaça foi o grande vencedor entre as comédias, mas a decisão por premiar 12 Anos de Escravidão "apenas" como melhor filme de drama tornou o longa de David O. Russell também o maior vencedor da noite. Vai forte para o Oscar? Pode ser que sim (e se os Globos já não representam um "termômetro" para o prêmio da Academia, vale lembrar que, no ano passado, a arrancada de Argo começou justamente aqui). Mas ainda acho pouco provável que, com filmes do porte de 12 Anos de Escravidão (que ainda não vi, mas que parece ser bem sério e pesado ao abordar um tema de imensa importância) e Gravidade à disposição, a Academia opte por consagrar uma comédia. Bem, o jeito é esperar para ver e continuar com as especulações conforme os prêmios dos sindicatos começam a ser anunciados. No próximo fim de semana já tem o SAG.

Mas, voltando ao Globo de Ouro 2014, fiquei feliz com a vitória de Leonardo DiCaprio por O Lobo de Wall Street, filme de Scorsese que, por toda a polêmica besta que vem criando com figuras conservadoras - até o comentador da TNT, Rubens Ewald Filho, entrou na onda, chamando o cineasta novaiorquino de gagá (!) -, já ganhou meu respeito e torcida. Quem sabe DiCaprio, esse grande ator, não consegue sua quarta indicação e, o que seria ainda melhor, sua primeira vitória no Oscar? Pode ser uma aposta possível, devido à falta de um franco favorito na categoria (Matthew McCounaghey, Bruce Dern e Chiwetel Ejiofor são candidatos muito fortes, vale dizer, mas nenhum deles conseguiu se firmar como o nome a ser batido). Entre as atrizes, Cate Blanchett venceu, merecidamente, por seu desempenho magnífico em Blue Jasmine. É muito difícil que não leve pra casa sua segunda estatueta da Academia. Jennifer Lawrence parece uma candidata forte entre as coadjuvantes, mas Lupita Nyong'o pode se beneficiar caso decidam encher 12 Anos de Escravidão de prêmios - e também a favorece o fato de Lawrence ser uma recém-oscarizada. De qualquer forma, nessa categoria, só consigo torcer para não indicarem Oprah Winfrey pelo horroroso O Mordomo da Casa Branca...

Por fim, por mais que eu adore A Grande Beleza, foi uma pena que a HFPA não tenha premiado Azul é a Cor Mais Quente como melhor filme estrangeiro. Era a única chance de vermos a obra-prima de Abdellatif Kechiche premiada em solo norte-americano, já que não pôde concorrer ao Oscar. Mas, para quem já ganhou uma Palma de Ouro das mãos de Steven Spielberg, o que é um careca dourado, certo? 
 

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