sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

O Som ao Redor e o Oscar



Nem a torcida pelo Brasil à lá Copa do Mundo, nem o pedantismo que busca menosprezar o Oscar como premiação puramente comercial: como cinéfilo que sou, gosto de ver grandes filmes sendo reconhecidos por sua qualidade, inclusive pela Academia. Por isso, fiquei triste sim com a ausência de O Som ao Redor (provavelmente o melhor filme brasileiro desde Lavoura Arcaica) na pré-lista de indicados ao Oscar de filme estrangeiro - lista que, vale dizer, conta com pelo menos dois candidatos de altíssima qualidade, o dinamarquês A Caça e o italiano A Grande Beleza.

Por outro lado, continuo muito feliz pela escolha de uma obra do porte de O Som ao Redor para representar o riquíssimo cinema brasileiro no prêmio da Academia. Se a ideia é essa, a da representação do cinema produzido num país, que mandemos nossos melhores filmes. Que os tempos em que o Brasil se candidatava com Olga, Última Parada 174, Salve Geral e Lula, o Filho do Brasil fiquem de vez para trás! Nesse sentido, já tenho meu favorito provisório para 2014: o igualmente genial - e igualmente pernambucano - Tatuagem. É pedir muito?

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