Ressaca de Oscar é terrível. Depois de meses acompanhando rumores, prognósticos e outras premiações que funcionam (ou não) como prévias, o término da tão aguardada cerimônia deixa uma sensação de vazio que, provavelmente, passará quando Cannes chegar.
Mas vamos ao Oscar 2013: o ótimo Argo confirmou o favoritismo na categoria principal e, como Ben Affleck foi inexplicavelmente esquecido por sua direção (o que rendeu uma ótima piada de Seth McFarlane, logo no início da festa, sobre o caráter ultra-secreto da história contada pelo longa), sua subida ao palco para receber a estatueta de melhor filme ao lado de Grant Heslov e George Clooney teve ares de catarse, com o sujeito visivelmente emocionado; com isso, infelizmente, a Academia deixou de premiar aqueles que eram os dois melhores dentre os indicados, o belíssimo Lincoln e o fundamental A Hora Mais Escura, sendo que até o supostamente favorito Steven Spielberg saiu de mãos abanando; Quentin Tarantino é um gênio e, apesar de Django Livre não ser seu melhor trabalho, foi delicioso vê-lo no palco recebendo um Oscar quase 20 anos depois de sua vitória por Pulp Fiction; Jennifer Lawrence levou um exagerado prêmio de melhor atriz, o que fez a Academia perder a chance de criar um momento bem bonito, com Emmanuelle Riva subindo ao palco, no dia de seu 86º aniversário, para receber a estatueta das mãos de seu compatriota Jean Dujardin; por outro lado, a categoria melhor ator foi marcada por um encontro de gigantes, com Meryl Streep entregando a Daniel Day-Lewis seu terceiro (e merecido) Oscar. O ator, estupendo em Lincoln, representou, solitário, a beleza e elegância do filme de Spielberg. Já entre os coadjuvantes, ganharam Susan Boyle... quer dizer, Anne Hathaway, por sua boa performance naquele abacaxi chamado Os Miseráveis, e um surpreendente, mas nem tanto, Christoph Waltz, premiado novamente por um papel cômico/violento num filme de Tarantino. Minha torcida era por Tommy Lee Jones mas Waltz é a alma de Django Livre e sua vitória não deve ser lamentada.
Mas vamos ao Oscar 2013: o ótimo Argo confirmou o favoritismo na categoria principal e, como Ben Affleck foi inexplicavelmente esquecido por sua direção (o que rendeu uma ótima piada de Seth McFarlane, logo no início da festa, sobre o caráter ultra-secreto da história contada pelo longa), sua subida ao palco para receber a estatueta de melhor filme ao lado de Grant Heslov e George Clooney teve ares de catarse, com o sujeito visivelmente emocionado; com isso, infelizmente, a Academia deixou de premiar aqueles que eram os dois melhores dentre os indicados, o belíssimo Lincoln e o fundamental A Hora Mais Escura, sendo que até o supostamente favorito Steven Spielberg saiu de mãos abanando; Quentin Tarantino é um gênio e, apesar de Django Livre não ser seu melhor trabalho, foi delicioso vê-lo no palco recebendo um Oscar quase 20 anos depois de sua vitória por Pulp Fiction; Jennifer Lawrence levou um exagerado prêmio de melhor atriz, o que fez a Academia perder a chance de criar um momento bem bonito, com Emmanuelle Riva subindo ao palco, no dia de seu 86º aniversário, para receber a estatueta das mãos de seu compatriota Jean Dujardin; por outro lado, a categoria melhor ator foi marcada por um encontro de gigantes, com Meryl Streep entregando a Daniel Day-Lewis seu terceiro (e merecido) Oscar. O ator, estupendo em Lincoln, representou, solitário, a beleza e elegância do filme de Spielberg. Já entre os coadjuvantes, ganharam Susan Boyle... quer dizer, Anne Hathaway, por sua boa performance naquele abacaxi chamado Os Miseráveis, e um surpreendente, mas nem tanto, Christoph Waltz, premiado novamente por um papel cômico/violento num filme de Tarantino. Minha torcida era por Tommy Lee Jones mas Waltz é a alma de Django Livre e sua vitória não deve ser lamentada.
É isso. Por fim, numa tentativa desesperada de aliviar essa ressaca, listo aqui dez filmes que poderão se tornar fortes concorrentes na corrida para o Oscar 2014.
The Counselor (Ridley Scott)
Diana (Oliver Hirschbiegel)
The Fifth Estate (Bill Condon)
Foxcatcher (Bennett Miller)
O Grande Gatsby (Baz Luhrmann)
Inside Llewyn Davis (Joel Coen e Ethan Coen)
Labor Day (Jason Reitman)
Nebraska (Alexander Payne)
Twelve Years a Slave (Steve McQueen)
The Wolf of Wall Street (Martin Scorsese)
2 comentários:
Bela lista de possíveis próximos ame/odeie. Sobre a premiação de ontem, além de chatinha e sem muita graça, me pareceu fraca em termos de premiar melhores, fora as vitórias dos atores que você destacou. Ainda vejo Argo como um bom filme e só.
Também vejo ARGO como apenas um bom filme, Rafael, ou talvez um ótimo filme que seria melhor aproveitado caso não fosse depositado sobre ele toda essa "responsabilidade" de ser o "melhor filme do ano".
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