Apesar de algumas previsões que já apontavam nessa direção, a vitória de Argo e de seu diretor (Ben Affleck) no Globo de Ouro não deixou de ser uma pequena surpresa. Entre seguir a tendência geral e marcar posição com escolhas próprias, a associação dos jornalistas estrangeiros de Hollywood ficou com a segunda opção, premiando um filme que dificilmente será coroado no Oscar, que ocorre daqui a pouco mais de um mês. Isso porque Argo, apesar de celebrado e apontado como possível candidato desde o início da temporada de premiações, sofreu um inusitado revés quando a Academia anunciou seus indicados, deixando Affleck, que parecia uma barbada, de fora da categoria "melhor diretor". Desde a cerimônia de 1990 uma obra não ganha "melhor filme" no Oscar sem ter seu diretor ao menos indicado em sua respectiva categoria e parece pouco provável que Argo, um filme que chama atenção justamente pela direção elegante de Ben Affleck, repita o feito alcançado por Conduzindo Miss Daisy naquele ano. Tudo parece conspirar, enfim, para uma vitória completa do Lincoln de Steven Spielberg no Oscar 2013, até porque outros nomes que poderiam fazer a dobradinha "melhor filme" e "melhor diretor", como Quentin Tarantino, Kathryn Bigelow e Tom Hooper, também foram surpreendentemente esquecidos pela Academia.
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